Nova Gokula: onde a paz encontra a espiritualidade

Por Laís Lima

Meu último Natal foi um retiro nesse lugar lindo e de muita paz que é Nova Gokula. Onde se encontra simplicidade, acolhimento, um rio sem poluição e nutrição equilibrada para a mente e para o corpo.

Eu fui até lá reconhecendo que eu precisava ficar comigo alguns dias para tomar algumas decisões difíceis e essa se mostrou uma decisão muito acertada.

Eu tinha ganho um japamala (colar de contas que te ajuda a repetir 108 vezes um mantra. Eu estou fazendo o poderoso Om Mani Padme Hum) de uma amiga muito querida e decidi consagrá-lo nas águas do rio, ao calor do sol, toque do vento e apoio das pedras. Mas quando fui até lá, meu celular se jogou da bolsa no rio. Primeiro eu me desesperei, o retirei das águas, desliguei e sequei o mais rápido que pude. O que seria de mim sem ele? Depois eu fiquei irritada, pensando nas fotos que eu não iria tirar. Como eu iria compartilhar esse momento depois? E aí eu finalmente aceitei que, no final das contas, eu não precisava do meu celular para curtir a viagem. Para o que eu estava fazendo ali, era melhor mantê-lo desligado.

E foi incrível.

Ficamos numa pousada simples, mas limpa. Uma cama confortável, um chuveiro quente. Restaurante delicioso e vegano, com tempero típico da Índia. Encontramos outras pessoas procurando pela reflexão que esse momento de fim de ano deveria nos trazer e entre um café dividido na mesa da varanda e conversas deitadas na rede, eu consegui acalmar meus pensamentos e ter uma boa conversa comigo.

Ás vezes precisamos de pouco. Poucas fotos, poucas distrações, poucas exigências e pouca necessidade de mostrar ou provar algo.

Acordar cedo e ir caminhar junto ao rio. Silenciar e estar consigo. Meditar sentindo o vento, o calor do sol e ouvindo o rio. Quando foi que acreditamos que não precisamos mais disso?

Para mim, paulistana dessa grande loucura que é morar a 5 minutos do metrô e viver sempre atrasada, foi tudo o que eu precisava.

Por isso, nesse post eu trago poucas fotos e mais reflexões: quando foi a última vez que você falou com você sem pressões externas?  O que seu corpo está precisando agora, o que está tentando te dizer?

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Para mais informações, acesse:

https://www.facebook.com/FazendaNovaGokula/

http://www.novagokula.com.br/

10 diferenças Barcelona e SP – parte 2 (agora, pra valer)

Por Maurício Kanno

[Imagem: Subida para o Monjuic e Plaça Espanya, em Barcelona (esq.) e moradores de rua na Praça da Sé, em São Paulo (dir.) / Fotos do autor]

Caros leitores, desculpem pela demora. Estive em fim de mestrado, então minha produção destas análises comparativas entre São Paulo e Barcelona acabaram demorando mais que o previsto. Ao menos eu consegui, após iniciar no fim de outubro de 2017, concluir no fim de novembro, um mês depois, minhas análises dos dois primeiros tópicos planejados, ou seja: 1) Independentismo, nacionalismo e idiomas e 2) Terrorismo, violência e miséria. Particularmente o primeiro macro-assunto foi profundamente explorado, mas o segundo também foi bem cuidado, a meu ver.

Cheguei até a criar outro post no blog, no fim de novembro, com a intenção de complementar depois, mas foi inviável, devido à reta final do mestrado. Agora que consegui uma pequena prorrogação, dou-me o direto de tentar avançar mais um pouco nesta trajetória comparativa. Então tinha ficado apenas a lista de tópicos ali, mas pretendo excluir, pois ficou sem sentido.

Seja como for, lá vão os tópicos que pretendo ao menos brevemente explorar agora por fim (consegui trabalhar 5 tópicos hoje; outros três ficam para depois):

3) Arquitetura e paisagem urbana

4) Temperatura do chuveiro

5) Restaurante por quilo e pizza

6) Composição da população por imigrantes

7) Catraca do trem, do ônibus e balança do supermercado

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Agora, rumo às discussões e impressões:

3) Arquitetura e paisagem urbana

 

Barcelona tem cara de Itália, Inglaterra, pelas minhas lembranças anteriores. É muito prédio bonito preservado. Conserva-se bastante da arquitetura antiga, de séculos e séculos atrás. Porém, ainda me parece diferente dos lugares que visitei na Inglaterra e Itália. Na Inglaterra, tudo parecia ter um toque mais medieval pra valer, com jeitão de castelos mesmo (mas só conheci Londres e uma cidade no meio do país, Google, Yorkshire). Na Itália, bem, não cheguei a conhecer muito, mais Veneza, com suas pontes inúmeras sobre inúmeros canais. Era um aspecto mitológico, eu diria, uma outra dimensão mesmo. Já Barcelona, ainda que seja muito bonita, com as sacadas nos prédios que me encantavam, tinha cara mesmo de cidade real.

Já explorei um pouco de minhas impressões iniciais sobre a arquitetura de Barcelona em outro post, publicado quando eu ainda estava lá. O que mais importa dizer agora é que eu, habituado tanto com São Paulo, fiquei deslumbrado com Barcelona porque a cidade era muito mais bonita a meu ver, mais limpa. Preservava tradições arquitetônicas. São Paulo parece ser simplesmente funcional em sua arquitetura usual das casas e prédios.

Já me disseram que SP lembra muito grandes cidades dos Estados Unidos, das quais a metrópole brasileira teria se inspirado. Mas não sei bem, pois nunca conheci bem esse país norte-americano. Só visitei a Flórida, entre Miami e Orlando. De fato, pelo que conheci ao menos, minha cidade brasileira parece mesmo um arremedo mal feito de grandes cidades dos EUA. Ainda que, claro, onde estive lá tem mais cara de Rio de Janeiro, que é também no litoral… e também uma metrópole.

 

São Paulo pra mim é uma cidade, comparada com essas outras citadas, feita sem o menor planejamento, de modo descuidado, sem capricho. Claro que há exceções em prédios como o Hotel Unique, o Copan, o Memorial da Aémrica Latina, etc. Mas é isso, apenas exceções. Refiro-me ao padrão nas ruas e prédios em geral tomadas e tomados aleatoriamente. Fora a sujeita espalhada pelas ruas de SP que eu não via nessas outras… E o grande contingente de moradores de rua e pedintes… 😦 Obviamente eles não são o problema, não se deve “resolvê-los” com políticas “higienistas”, expulsando-os das ruas quando aparece o papa ou presidentes estrangeiros, por exemplo. Eles apenas demonstram os sintomas de uma cidade doente.

4) Temperatura do chuveiro

Parece uma piada, mas se tem uma grande vantagem que eu vejo em São Paulo (ou em outras cidades brasileiras em que estive) que não vi em Barcelona foi a facilidade para se usar o chuveiro e tomar banho! Sim! Olha, eu “morei” ao longo dos três meses que passei em Barcelona, entre julho e outubro de 2017, em umas 4 ou 5 casas ou apartamentos diferentes. E sempre eu tive dificuldades para algo tão básico quanto ajustar a água numa temperatura adequada, que não fosse nem tão fervendo de quente nem tão gelada! Que aflição! Rs.

Ah, claro, pra completar em relação ao chuveiro, a água frequentemente saía meio viscosa; como se fosse até água do mar. Em diferentes apartamentos, não foi apenas um. Em diferentes bairros. Era como se eu estivesse tentando lavar o cabelo e mesmo assim ele seguia duro, difícil de amaciar.

Disseram-me que a água brasileira tem muito mais qualidade. Não duvido. Afinal, sea Europa tem séculos de desenvolvimento de sua civilização em termos culturais, etc., também teve séculos de exploração ambiental. Até pra lavar a roupa, um anfitrião meio me dizia pra usar um produto pra não estragar a roupa…

5) Restaurante por quilo e pizza

 

Outra vantagem de São Paulo, pra não imaginarem que é tão ruim assim morar no Brasil e nesta que é a maior capital do país sul-americano: comida. Eu sou vegano, de modo que frequentemente enfrento dificuldades para obter minhas refeições em restaurantes “a la carte”, em que precisamos pedir ao garçom entre opções pré-montadas. Porém, como no geral as pessoas comem carne e queijo com uma frequência impressionante, praticamente tudo, pra não dizer todos os pratos dos cardápios, contêm carnes e derivados de animais!

No Brasil, seja em São Paulo, assim como em outras cidades que já visitei deste país, como Belo Horizonte, entre outras do litoral brasileiro, existe o sistema “self-service” ou “por quilo”. Isso salva a pele de qualquer vegano ou vegetariano. Porque aí é só a gente ir escolhendo o que a gente quer de cada alimento e pronto, sem burocracia e sem ter que ficar dando explicações ao garçom. O problema é que eu nunca vejo isso em outros países que visitei, seja EUA ou na Europa ou até no Japão. Essa é uma grande maravilha brasileira que deveria ser também utilizada no exterior, em minha opinião. Muito prático e livre.

Outro tópico é a pizza. As pizzas de SP são excelentes, caprichadas, bem recheadas. E até mesmo quando peço numa pizzaria não vegana, comum, ao lado de casa, longe do centro, uma pizza vegana, eles conseguem adaptar e fazem uma pizza realmente caprichada.

 

Porém, na Europa, seja em Veneza ou em Barcelona, minha experiência com pizzas foi um desastre. Eles botavam uns pingadinhos de nada de uns vegetais espalhadas aqui e ali e acabou. Não sei se para pizzas não veganas também seria ruim a experiência, mas ao pedir essa adaptação foi assim que passei.

6) Composição da população por imigrantes

Todo país tem seus imigrantes, que não fazem parte da população original, né? Apesar de que, é claro, difícil falar em “povos originais”. No Brasil, havia o que chamamos de indígenas, e recomendo a leitura do livro 1499 – O Brasil Antes de Cabral, escrito pelo meu ex-chefe, jornalista Reinaldo José Lopes, para compreender melhor essa civilização antiga. Mas agora não temos praticamente ninguém mais desse nosso povo original brasileiro. O que temos é uma mistura de, principalmente, descendentes dos portugueses, que chacinaram esses habitantes originais; com os negros africanos, que foram trazidos forçados ao Brasil, como escravos. Com alguma mistura geral ainda em nossos genes desses indígenas; pelo que escreveu o Reinaldo. Além de descendentes de imigrantes que já estão aqui há tanto tempo que já se incorporaram, como de italianos, alemães, libaneses e japoneses (caso de minha família, misturada provavelmente com portugueses).

Então é basicamente nisso que se constitui o povo “não imigrante” do Brasil. E quem seriam os imigrantes de agora? Bem, ao menos no caso de São Paulo, parece-me haver ainda muita herança da imigração interna nacional. Muitos vieram do Nordeste, que era o centro econômico brasileiro em outros séculos, mas hoje está relativamente defasado perto do Sudeste e Sul. É certo que essa composição de migrantes nordestinos em SP já se reduziu, porque saturou a cidade. Mas ainda deve haver bastante. Fora eles, há gente de outros estados brasileiros, já que SP é encarada como o lugar das oportunidades econômicas pra muita gente mesmo daqui.

Não vejo tanta gente de outros países em SP comparando-se com Barcelona. Por quê? Oras, veja o tamanho do Brasil. É praticamente do tamanho da Europa. Então, quando falarmos de migração no Brasil, deve-se sim valorizar a migração interna. É como se cada Estado brasileiro fosse um país europeu, em termos geográficos. É claro que com a ressalva de que há as diferenças de idiomas, nacionalismos, etc. que já discuti no post anterior.

Em Barcelona, era extremamente normal encontrar atendentes de lojinha quaisquer na rua, em todo quarteirão, via de regra paquistaneses, principalmente; ou outros asiáticos de regiões próximas; ou chineses, também asiáticos. Era raro ser atendido nas lojas comuns de vendinhas por algum “catalão” nativo. Apesar que estes frequentemente me atendiam sim nos caixas de supermercados, por exemplo. Os nativos catalães referiam-se frequentemente a “paki” para se referir às lojinhas de produtos gerais, como mercadinhos, gerenciadas e/ou mantidas/atendidas por paquistaneses (apesar que também conheci atendentes do Sri Lanka ou Índia por exemplo). Também já ocorreu de uma catalã profissional de uma academia de musculação referir-se a um “chino” como lojinha de produtos gerais de uma atendente chinesa.

7) Catraca do trem, do ônibus e balança do supermercado

 

Algo que surpreende brasileiros como eu ao passar um tempo vivendo o cotidiano em Barcelona (e Europa em geral, creio eu) é o modo de realizar as compras e fazer pagamentos, seja no supermercado ou no transporte público. É outro nível de confiança no consumidor e cidadão.

No Brasil em geral, parece-me, ao menos em SP, vc sempre tem que pedir a um atendente para pesar os vegetais que você escolheu no supermercado. Frutas, legumes, etc. Em Barcelona, sempre era você mesmo que fazia isso. Olhava os códigos dos produtos, digitava na balança o código, conforme o produto, e então clicava no botão adequado, e saía o preço, conforme o peso do produto. Oras, mas assim é muito fácil manipular, botar frutas ou legumes a mais ou coisa parecida, não? Pois é, mas em Barcelona eles devem estar acostumados com a honestidade. Nâo tem “jeitinho brasileiro” corrupto. Que de forma alguma ocorre apenas na política, como a galera adora apontar o dedo “aos outros”. Parece ser cultura nacional da população.

Além disso, no transporte público não tem catraca. Ao menos no ônibus. Você simplesmente tem que entrar no ônibus e passar o seu bilhete na máquina registradora de sua passagem. Só. Ué, mas e aí fica muito fácil pra não pagar, né? Se vc der uma de espertinho? Talvez… Dizem que o motorista fica atento e repara, mas duvido que consiga dar conta de reparar em todo mundo que entra no ônibus caso tenha quem não queira pagar. Até tem multa, enfim… Mas é aquela coisa de novo: espera-se honestidade como padrão do comportamento das pessoas na Europa. Já no Brasil, espera-se que você pode provavelmente passar a perna em alguém. No metrô até tem catraca pra poder entrar na estação. Mas não vi catracas em estações de trem. Você apenas tinha que comprar seu bilhete e entrar no trem. Confiam em sua honestidade.

 

Ah, uma coisa que devo criticar porém do transporte público de metrô principalmente em Barcelona é que não tem tantos lugares pra segurar quando você está de pé, o que dificulta o equilíbrio quando o trem está cheio. Já em São Paulo e no Japão (principalmente) tem bastante onde segurar.

Ah, e algo bom do metrô de Barcelona é que você pode levar seus animais de estimação! Só pedem focinheira (mas uma pessoa pra quem perguntei estava com o cãozinho dela sem focinheira mesmo, e falou que caso alguém reclamasse, ela colocava). Mas é muito melhor que em São Paulo, onde é proibido…

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Ok, acho que já consegui avançar bem, né? Faltaram apenas três tópicos propostos, que deixarei pra depois, espero que mẽs que vem:

8) Veganismo: produtos anunciados

9) Jeitão dos nativos

10) Tamanho da cidade e tempo de transporte

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Espero que você tenha apreciado minhas análises e impressões comparativas, que te sirvam de algum proveito, e que comente com sua opinião também! Abraço e até logo!

Conhecendo os States – Parte 3: Los Angeles

Por Laís Lima

A cidade dos anjos em uma palavra? Imperdível! Alugue um carro, tire pelo menos 2 semanas, faça seu roteiro com calma e aproveite para esticar até as cidades próximas (eu fui para Venice Beach, Santa Monica e Las Vegas).

Se você é um amante de cinema, como eu, não deixe de visitar os grande estúdios e Hollywood. Pode parecer chiclê, mas você vai se sentir dentro da telona.

Eu fiquei em um quarto de hostel dividido com outras 6 meninas, escolhi um vôo cheio de escalas, comia tudo o que conseguia no café da manhã incluso na diária  para evitar gastar, comprava comida no mercado, cozinhava meu jantar e levava lanche para comer durante o dia, mas quando se tratava de diversão, ah… aí eu nem pensava em dinheiro ou em conversão dólar-real. Quer uma dica? Faça um bom uso dos seus recursos: seus sonhos não são caros.

Warner Bros Studios

Eu comprei antes minha entrada e escolhi a opção “Studio Tour”, que te leva para dar uma volta por onde a magia acontece. E o guia vai te explicando e tirando dúvidas e fotos. Se tiver sorte, você pode cruzar com estrelas que estão passando para ir gravar filmes e séries.

Passei nos sets de filmagem de Harry Potter, conheci o batmóvel, o sofá onde os Friends se reuniam, os truques do superman… Muito legal!

Feijões Mágicos do Harry Potter
Feijões Mágicos do Harry Potter de todos os sabores
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Esse é um dos bonecos usados para filmar o Dobby no Harry Potter – alguém tem uma meia?
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Tinha até a musiquinha do Friends no fundo! É bem menor do que parece ser no seriado…

 

Universal Studios

Shrek, Transformers, Minions, Simpsons, os personagens ao seu lado ou em 3D, montanhas russas dentro de cenas de filmes… E você lá, interagindo com a galera. Já pensou? Sensacional!!!

Madame Tussauds – Hollywood

Várias cidades do mundo tem uma unidade desse museu tem com réplicas muito realistas de personalidades famosas. A diferença é que em Hollywood esses colegas em cera estão em poses de cenas de filmes.

 

 

Hollywood e a calçada da fama

O que emociona demais nessa avenida é pensar que todos esses grandes astros realmente estiveram aqui e marcaram esse chão. É uma emoção única.

 

Mais informações (em inglês):

Warner Bros Studios – https://www.wbstudiotour.com/studio-tour

Universal Studios – https://www.universalstudioshollywood.com/

Free walking Tour – http://www.freelatour.com/downtown.html e  http://www.freelatour.com/hollywood.html

Conhecendo os States – Parte 2: São Francisco

Por Laís Lima

São Francisco é uma cidade muito charmosa da linda e ensolarada California, Estados Unidos. Colorida, cultural, movimentada e acolhedora, é um destino que vale a pena conhecer.

O Bondinho (cable car)

O merecidamente famoso (e fofo) bondinho que é símbolo da cidade, é mantido exatamente como era, décadas atrás. Esse é um passeio caro (USD 7.00 contra USD 2.75 do muni, fora as gorjetas esperadas pelos simpáticos condutores) e só sobe a California St., mas essa é uma das ladeiras super puxadas, você vai do centro até o Embarcadero (que tem uma vista linda e fica próximo de lugares legais) e é um experiência tão icônica, que vale a pena.

20151005_092049Falando em ladeiras, São Francisco é pequena, mas cheia de subidas e descidas fortes. Eu, que amo caminhar sem rumo para conhecer os cantinhos dos lugares, já estou acostumada a andar o dia todo e esperava pelas ladeiras, quase morri.

 

Lombard Street – a rua mais torta do mundo

Ainda falando em ladeiras, essa é “a ladeira”. Considerada a rua mais torta do mundo, justamente pela sua inclinação absurda, esse local super divertido é sempre cheio de turistas e trânsito. Legal de ir ver, mas tenha paciência se for de carro e preparo físico se for a pé.

 

Restaurantes veganos

Dentro do Shopping Westfield, na movimentada e central Market St., conheci a unidade do Loving Hut em São Francisco. Essa rede conta com restaurantes veganos em vários lugares do mundo, inclusive dois em São Paulo, onde moro. A comida, que tem um toque oriental, é tão boa aqui no Brasil, quanto lá.

Também conheci o Golden Era, que é uma outra ótima opção de comida vegana e fica muito próximo do hostel onde eu estava. Acabei indo lá várias vezes pelo ambiente e comida super gostosa.

 

Biblioteca Pública

Eu não consigo descrever a vontade que eu tive de abrir um portal mágico para poder frequentar essa biblioteca quando voltasse para casa. Amei o lugar! Inclusiva para deficientes, público GLS, moradores de rua, turistas… Gratuita, multimídia, moderna, super bem organizada… Ai, ai, ai. Precisamos e merecemos bibliotecas assim no mundo inteiroooooo! 20151004_084421

 

Ponte Golden Gate20151002_122553.jpg

Vista linda, projeto arquitetônico incrível… Imperdível! Eu me programei para fazer um tour guiado por nativos e fiquei sabendo de detalhes super interessantes sobre a construção da ponte e história da cidade.

Sempre que estou planejando uma viagem, digito o nome da cidade no google seguido de “free walking tour”. É ótimo para quem gosta de saber da história dos locais. #ficaadica

 

Palace of Fine Arts20151005_133058_Richtone(HDR).jpg20151005_133017.jpg

Pensa num castelinho de conto de fadas. É isso. Não tem mais o que dizer. Ah, tem sim: eu não tive tempo de ir assistir uma apresentação lá, programe-se que deve ser demais!

Pier 39 e Fisherman’s Wharf

Lembra que eu escrevi que lá perto do Embarcadero, que você consegue chegar de bondinho, tem umas coisas legais de se ver? O pier 39 é uma delas. Aproveitando-se da presença de pescadores para comer umas sobras e das antigas estruturas de madeira para tomar um sol, esses simpáticos, barulhentos, briguentos, fedidos e gordinhos leões marinhos são visitantes assíduos. Eles entram e saem quando querem, dormem, discutem e fazem a alegria dos turistas.

Links para mais informações (em Inglês):

Preços e detalhes do transporte público na cidade: https://www.sfmta.com/getting-around/transit/fares-passes

Lombard Street: http://www.sftravel.com/article/sf-icons-lombard-street

Restaurante Golden Era Vegan: http://www.goldeneravegan.com/rice-plates/ 

Restaurante Vegano Loving Hut: https://lovinghut.us/westfield/

San Francisco Public Library: http://sfpl.org/index.php?pg=0100000101

Tour guiado: http://www.freetoursbyfoot.com/free-san-francisco-tours/

Palace of Fine Arts Theatre: https://palaceoffinearts.org/

Pier 39: https://www.pier39.com/

 

Conhecendo os States – Parte 1: New York

Por Laís Lima

Fiz questão de chegar de táxi amarelo e tenho que dizer que fiquei um tempo sem acreditar no que estava acontecendo quando ele cruzou a ponte, me levando para a ilha de Manhattan. Mas era real, eu cheguei tarde da noite na cidade que nunca dorme.

Minha primeira impressão foi ótima. As luzes todas acesas. As ruas movimentadas. Como boa paulistana, acostumada com a vida noturna de São Paulo, me senti animada e ansiosa, mas estranhamente em casa.

O taxista estrangeiro mal falava inglês e não foi muito gentil. Mas não importava. Eu fui me hospedar no YMCA, aquele mesmo, da música do Village People. Um prédio super moderno, com aulas de dança e artes marciais no primeiro andar e um quartinho minúsculo, mas só meu no 5o andar.

Um local imperdível para visitar à noite é a Times Square. Sensacional! Aproveite e vá assistir um musical da Broadway. Eu vi Wicked e é viciante!!

Visitei também a maravilhosa New York Public Library na 5a Avenida e encontrei Patience, um dos leões que guardam a entrada. Aqui foi gravada a cena do casamento da Carrie (Sarah Jessica Parker) do seriado “Sex and the city“.

 

Com direito a pausa para conhecer melhor a ilha de paz e amorzinho que é o Central Park. Tire um dia todo para conhecê-lo, vá de tênis e leve sua garrafa d’água, porque ele é enooooorme!

Central Park

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Encontrei muita comida vegana barata e deliciosa por lá.

E ela, a sábia senhora com a tocha na mão: a Estátua da Liberdade. Quando for visitá-la, vá de balsa. É só ir de metrô, fazer  a conexão gratuita e aproveitar a vista! (veja link em inglês abaixo)

Estatua_Liberdade

Cidade_da_balsa

Gostou? Eu adorei! Antes de ir, confira as dicas abaixo.

Cartão para ônibus +metrô por 7 dias (cada viagem custa $2.75): 7-Day Unlimited Pass – Cost: $31 – http://web.mta.info/metrocard/mcgtreng.htm#unlimited

Passeio à pé gratuito guiado por locais (em inglês) – Free Tours by Foot: http://www.freetoursbyfoot.com/new-york-tours/walking-tours

Onde Comprar ingressos baratos para os musicais: http://www.maosdevaca.com/2007/09/dica-33-tkts-ingresso-barato-para.html

http://www.maosdevaca.com/2007/09/dica-32-per-17south-seaport-atrao.html 

Visitando a Estátua da Liberdade de graça: The free Staten Island Ferry runs every 15–20 minutes. It’s a 30-minute ride each way, but the ferry runs alongside the Statue of Liberty and Ellis Island, a great photo opportunity. The views of Lower Manhattan are spectacular as the ferry takes off. Who doesn’t love a good boat ride? http://www.nyc.gov/html/dot/html/ferrybus/staten-island-ferry.shtml

Ubatuba entre tartarugas, areia e mar

Por Laís Lima

Paulistano da gema, aquele nascido e criado na cidade de São Paulo, diz que vai para a “praia”, sem dizer o nome. E quando diz isso, os outros paulistanos já sabem que ele está se referindo à Santos, Praia Grande ou Guarujá. Peruíbe e Bertioga, vai mais quem tem família ou casa por lá.

Se você não é de São Paulo, não vai entender o motivo de tudo isso, mas se você é, quando eu disser que vou para Ubatuba, a primeira imagem que você pode ter é de trânsito, muito trânsito. E a segunda é de chuva. “Ubachuva” é o apelido maldoso que a cidade leva, por causa das constantes chuvas, que podem desencorajar uma viagem.

Mas não se deixe enganar pela fama, Ubatuba pode ser uma ótima experiência se você tiver a chance de ir fora da temporada de chuvas e de férias. Então, fica a dica.

Essa cidade, que é uma das cidades nas praias do litoral Norte do Estado de São Paulo, quase 4 horas seguindo pela Rodovia Dutra ou Ayrton Senna/Carvalho Pinto, tem cerca de 100 praias, algumas realmente muito bonitas, uma bela infraestrutura de turismo e uma natureza exuberante.

Eu fui com ônibus da empresa Litorânea, saindo do Terminal Rodoviário do Tietê e pagando cerca de R$70,00 por pessoa/trecho.

Nem precisei ir até a Rodoviária, porque combinei uma carona com o pessoal do hostel onde fiquei hospedada, o Hostel Tartaruga Marinha. Aliás, super indico. O hostel fica pertinho da praia do Itaguá, da rodoviária e do centro que tem algumas lojas e restaurantes legais. As acomodações são bem confortáveis e o atendimento foi sensacional.


O primeiro lugar que fui, logo que cheguei, foi o Projeto Tamar, que fica bem perto do hostel.

Lá, pude aprender mais sobre a vida das tartarugas marinhas e como funciona o projeto. Ótimo passeio, com voluntários super bem informados e informações bem interessantes.

Eu já tinha noção de como as sacolas plásticas e todo o lixo que jogamos no mar acaba com a vida marinha, mas vendo esses seres majestosos de perto e tudo o que foi retirado do estômago deles, meu coração ficou apertado. Precisamos com urgência rever nossos atos. Não vai sobrar nada se continuarmos assim.

 

Depois, fomos almoçar no Restaurante Padma Padam, que fica ali pertinho, também em Itaguá.

Esse restaurante vegano e com comidinhas indianas maravilhosas é quase uma casinha de bonecas, de tão fofa que é a decoração. E praticamente um oásis de tão gostoso que é o ambiente. E a comida, toda fresquinha e feita com carinho, é deliciosa!!

 

Ele também funciona como hostel, mas quando fui, não estavam recebendo hóspedes.

Ubatuba também tem muitas praias e muitas ilhas. Eu, como só fiquei uma semana, tive que escolher qual ir. Acabei seguindo as dicas de alguns amigos e do pessoal do hostel e fiz o roteiro das seguintes praias:

Praias do Norte:

Poruba

Para chegar nessa praia afastada, você precisa caminhar, passar por um braço de mar que só dá pé de manhã e passar por várias outras praias. E também tem que gostar de praias desertas. Mas valeu muito o esforço.

 

Prumirim e cachoeira

 

 

Itamambuca

 

Praias do Sul:

Praia Vermelha do Centro

Praia Vermelha

Praia do Itaguá

Itamambuca3

Infelizmente, alguns passeios que queríamos fazer não estavam funcionando porque era fora de temporada. Esse é um preço a se pagar para ter uma praia só para você e uma descida/subida sem trânsito. Então não posso garantir que sejam legais, mas ouvi falar muito bem.

Um deles é o passeio para a Ilha do Anchieta. Por cerca de 70 reais você passa o dia em uma viagem que começa com uma escuna, passa por um almoço e um tempo curtindo um lugar chamado Praia Sete Fontes, depois uma visita na ilha e volta no fim da tarde. Eu teria ido, se estivesse funcionando. Quem sabe você se interessa também.

 

Quer saber mais?

Previsão do Tempo em Ubatuba: https://naturam.com.br/ubatuba/previsao-do-tempo/

Empresa Rodoviária Litorânea: http://www.litoranea.com.br/

Hostel Tartaruga Marinha: https://www.booking.com/hotel/br/tartaruga-marinha-hostel.en-gb.html

Projeto Tamar: http://www.projetotamar.org.br/centros_visitantes.php?cod=9

Restaurante Padma Padam: https://www.facebook.com/padmapadamubatuba/

Ilha Anchieta e Praia Sete Fontes: http://www.mykonos.com.br/ ou

http://www.marazultur.com.br/comprar-passeio/roteiros/ilha-anchieta-7-fontes.html

Curtindo o Frio em Campos do Jordão

Por Laís Lima

Por indicação de um amigo, me hospedei em um hotel em Campos do Jordão que tem um restaurante vegano sensacional. Valeu muito à pena!

E eu, que não gosto de ir para lugares badalados porque geralmente são muito cheios de gente e caros, acabei decidindo ir durante a semana e fora de temporada, para garantir a tranquilidade.

Foi uma viagem maravilhosa! Campos é uma cidade muito bonitinha, com arquitetura européia e uma boa infraestrutura de hotéis e restaurantes. Os pontos turísticos, ao contrário, são bem fracos e em geral oferecem muito pouco, por um preço muito caro. Mas nada que uma viajeira escolada não resolva. Compartilho agora minhas dicas e minha impressão dessa “suíça brasileira” tão famosa.

Parte 1 – O hotel

Ficamos hospedadas no Hotel Serra da Estrela, que fica no coração do Capivari, perto de todo o agito.

O hotel tem um preço justo por tudo o que oferece. Um atendimento muito bom, uma localização privilegiada, boa qualidade de toalhas e roupa de cama, funcionários extremamente dedicados e que não mediram esforços para nos atender da melhor maneira possível.

Logo na entrada, um ambiente bonito e acolhedor, com revistas, comidinhas, produtos de higiene, canecas, camisetas e livros explicando o motivo de terem decidido pelo veganismo.

O Restaurante é realmente surpreendente. Um preço muito razoável, por uma comida de altíssima qualidade, em um ambiente bonito e com um atendimento pontual. A mesa de café da manhã, que está incluso na hospedagem, te dá vontade de abrir um compartimento extra no estômago. A panificadora do hotel faz pãezinhos incríveis, que são servidos quentinhos juntamente com bolos, sucos, frutas e até pizza.

O almoço oferece pratos deliciosos, bonitos e saudáveis por um preço incrível.

O café da manhã oferece opções feitas na hora, de muito bom gosto e livres de ingredientes de origem animal.

E como não comer um fondue no jantar?

O SPA é um espaço bonito, relaxante e acolhedor. Optamos pela massagem relaxante e pela massagem com pedras quentes e ambas foram ótimas. O ofurô, a hidromassagem, a piscina aquecida e as saunas também estavam ótimos. Fiquei tão “de boas”, que acabei esquecendo de tirar fotos.

 

Parte 2 – A cidade

Como em todas as viagens, eu pesquisei sobre as atrações da cidade no Trip Advisor antes de ir. Também pesquisei no Google e encontrei alguns blogs de quem já foi, para ter uma base.

Pelas informações que obtive, já perdi toda a vontade de ir conhecer a Ducha de Prata, a fábrica de chocolate e o Parque dos Elefantes. Chegando lá, como passei por perto, resolvi parar 5 minutos para umas fotos e é isso mesmo: não perca seu tempo.

O trem turístico e o teleféricos são legais. Nada tão emocionante, mas são legais.

A praça Capivari tem umas lojas e restaurantes legais, de noite é bem agitado e o clima é bem gostoso.

O que eu gostei bastante foi da aventura de arvorismo que fizemos no Bosque do Silêncio.

Para quem não conhece, arvorismo é um jeito de caminhar pelas copas das árvores através de pontes móveis de vários tipos, incluindo uma tirolesa emocionante no final.

Também gostei muito dos jardins de Amantikir. Nesse lugar você encontra vários jardins, de várias partes do mundo. São flores, plantas, labirinto de cerca viva, espelho d’água, pórtico, lanternas japonesas e até uma casinha na árvore. Algumas vezes você tem a sensação de estar em um conto de fadas ou filme de tão bonitos que são os jardins.

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Gostou? Para mais informações, acesse os links abaixo:

 

Hotel Serra da Estrela

https://www.booking.com/hotel/br/serra-da-estrela-campos-do-jordapso.pt-br.html

http://www.hotelserradaestrela.com.br/restaurante-alquimia-1/restaurante-alquimia.htm

 

Arvorismo – Bosque do silêncio

http://www.altus.tur.br/contato/

 

Amantikir – O Jardim que fala

https://www.tripadvisor.com.br/Attraction_Review-g303607-d2427120-Reviews-Amantikir-Campos_Do_Jordao_State_of_Sao_Paulo.html

Visitantes que acessem o parque usando os táxis e Vans de Campos do Jordão pagam 15 reais.

 

Estrada de Ferro Campos do Jordão

https://camposdojordao.com.br/dica-de-passeio-estrada-de-ferro-de-campos-do-jordao/

http://www.efcj.sp.gov.br/index.php/como-viajar-nos-nossos-trens/horarios-e-tarifas

 

Teleférico / Morro do Elefante

https://www.tripadvisor.com.br/Attraction_Review-g303607-d600645-Reviews-Elephant_Wall_Morro_do_Elefante-Campos_Do_Jordao_State_of_Sao_Paulo.html

O teleférico é legal e custa 15 reais. Lá em cima tem uma vista bonita, mas não é espetacular.